Alguns fatores como empurrar o veículo para pegar no tranco, combustível de má qualidade e motor desregulado, podem prejudicar a eficiência do catalisador, peça integrante do sistema de exaustão, formada por uma carcaça metálica e um núcleo cerâmico, que contém metais nobres que induzem a reações químicas para reduzir a emissão de poluentes dos veículos.

 

 

Se ao girar a chave no miolo de contato, o veículo não der a partida, é melhor chamar o mecânico de confiança ou o guincho para rebocá-lo até uma oficina especializada. “Fazer o motor pegar no tranco pode gerar graves consequências ao veículo”, adverte Henry Grosskopf, gerente de engenharia de produtos da Tuper Escapamentos e Catalisadores. Segundo Grosskopf, essa ação, de empurrar o carro para o motor acionar com o solavanco da entrada da marcha, entre outros problemas, pode derreter ou quebrar o monólito, peça de cerâmica que fica na parte interna do catalisador.

 

Outro fator que pode comprometer o catalisador é o motor desgastado, desregulado ou com mau funcionamento da injeção eletrônica. “Isto pode derreter a peça ou causar entupimento por fuligem, impedindo a passagem de gases, o que faz com o motor perca a força e aqueça além do normal”, explica. É aconselhável desligar o veículo, fazer a reparação e, em seguida, avaliar o estado do catalisador.

 

Rodar com combustível adulterado ou queimando óleo pode afetar a durabilidade do componente, bem como também as batidas em lombadas, que podem soltar a cerâmica interna. “Algumas substâncias provenientes do óleo lubrificante, como fósforo e zinco, podem se acumular na camada catalítica e, assim, encobrir os metais nobres, comprometendo sua eficiência”, esclarece o engenheiro.

 

Grosskopf explica que o catalisador, parte integrante do sistema de exaustão do veículo, faz a transformação química dos gases nocivos e atenua ruídos, por isso, é uma peça importante para garantir a qualidade do ar e, consequentemente, melhorar a qualidade do ar nas cidades.

Caso seja necessário substituir a peça, é preciso ter atenção. “O modelo deve ser compatível com a motorização do veículo ou universal e ter também o selo do Inmetro, certificação obrigatória desde abril de 2011 para o mercado de reposição, que atesta a qualidade do componente”, ressalta.

 

 

 

 

 

 

Fonte: Oficina Brasil

 

Carro atravessando área de enchente (Foto: Lovro Rumiha)

 

 

 

 

Não importa a estação: nunca se sabe quando vamos encarar uma enchente, realidade que vale para o país inteiro. Por isso, trazemos algumas dicas para você ter sempre em mente o que fazer quando se deparar com uma situação destas.

 

O conselho unânime entre os especialistas em reparação de veículos e basicamente todos os profissionais do setor automotivo é simples: se seu caminho correr risco de alagamento, não use o carro. Pedro Scopino, vice-presidente de capacitação técnica do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo (Sindirepa) é taxativo ao alertar que “se a água passar da metade do pneu é melhor esquecer a chance de atravessar um trecho alagado”. “O risco de ocorrer um calço hidráulico (entrada de água nas câmaras de combustão do motor) é grande e ainda tem a chance de o motorista não ver algum buraco na via”, completa.

Contudo, nem sempre temos alternativas de transporte e há a possibilidade de sermos pegos de surpresa por alguma chuva torrencial. Nestes casos, o Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi) traz alguns procedimentos que você pode adotar para evitar ou ao menos minimizar os danos ao fazer a travessia de uma lâmina d’água, cuja altura não ultrapassa o centro da roda.

 

A primeira tarefa é manter o giro do motor estável, preferencialmente em 2.500 rpm, dirigindo em baixa velocidade em primeira marcha. Isso diminui a variação do nível de água e seu respingar no motor, dificultando a admissão indevida de água, que pode danificar componentes vitais para o carro. Para quem tem carros automáticos, a dica é deixar o câmbio na posição “1” ou “L”, caso não haja opções de trocas manuais, pois assim a central vai manter a marcha constante.

 

Desligar o ar-condicionado também previne que o sistema sugue água na tomada de ar do motor, o que poderia provocar o calço hidráulico afetando pistões, bielas e virabrequim. Se por ventura o veículo “morrer”, jamais tente forçar sua partida. Isto poderia agravar ainda mais os danos que causaram a parada abrupta do propulsor.

Por outro lado, se você conseguir ultrapassar o trecho alagado, corra para a sua oficina de confiança e faça um check-up geral do carro. Mesmo que veículo esteja aparentemente normal, Scopino lembra que “a água pode ter atingido partes do freio ou itens elétricos, como chicotes do câmbio e do ABS, ou pode ter entrado no filtro de ar do motor”, o que pode provocar problemas futuros. O Cesvi também recomenda uma limpeza do sistema de ventilação, sujeito à contaminação por fungos e bactérias em travessias de alagamentos.

 

Carro na enchente (Foto: SECOM Bahia)

Além das dicas de como dirigir sobre lâminas d’água, o centro de segurança viária avalia o nível de vulnerabilidade de diversos modelos do mercado em alagamentos para elaborar o Índice Danos de Enchente. Segundo Alessandro Rubio, coordenador técnico do Cesvi, o objetivo “não é estabelecer um ranking entre melhor ou pior para atravessar uma enchente, mas comparar modelos da mesma categoria”, a fim de proporcionar uma informação a mais para o consumidor que enfrenta este tipo de situação.

A metodologia analisa treze itens do motor e componentes elétricos que possam causar a parada do carro num trecho alagado, englobando desde altura do duto de escape do cabeçote, taxa de compressão do motor até a proteção e posição do alternador e centrais elétricas. A classificação é feita por estrelas, de zero a cinco, e quanto maior a quantidade, menor o risco de o carro sofrer uma parada ao atravessar um trecho alagado.

 

Atualmente, o banco de dados do Cesvi conta com 25 carros avaliados, entre modelos e versões, considerando apenas os modelos novos que ainda estão à venda. O centro avalia diferentes versões do mesmo modelo, pois a mudança de propulsor influencia na nota, bem como uma possível distribuição diferente dos elementos no cofre do motor.

O mais bem avaliado é o Renault Fluence, único com cinco entrelas, enquanto a menor nota é compartilhada por Chevrolet Onix 1.4 LT e LTZ e Volkswagen Fox 1.0. O critério de escolha dos carros avaliados pelo Cesvi segue a demanda das próprias montadoras ou seguradoras para atualizar o banco de dados do centro.


Ranking dos carros nas enchentes

Renault Fluence Dynamique 1.0 CVT - 5 estrelas
Renault Fluence Privilège 1.0 CVT - 5 estrelas
Honda City LX 1.5 16V automático- 4 estrelas
Honda City EX 1.5 16V automático - 4 estrelas
JAC J5 1.5 VVT 16V - 4 estrelas
Chevrolet Prisma LTZ 1.4 - 3,5 estrelas
Hyundai HB20S 1.6 Premium- 3,5 estrelas
Nissan Versa 1.6 S - 3,5 estrelas
Nissan Versa 1.6 SV - 3,5 estrelas
Nissan Versa 1.6 SL - 3,5 estrelas
Chery New QQ 1.0 12V - 3 estrelas
Fiat Grand Siena Attractive 1.4 Evo - 3 estrelas
Fiat Palio Attractive 1.4 Evo- 3 estrelas
Jeep Renegade Sport 1.8 Evo manual - 3 estrelas
Volkswagen SpaceFox Comfortline 1.6 - 3 estrelas
Volkswagen SpaceFox Trandline 1.6 - 3 estrelas
Volkswagen SpaceFox highline 1.6 - 3 estrelas
Ford New Fiesta Titanium PLus 1.6 automático - 2,5 estrelas
Ford New Fiesta SE 1.6 Powershift - 2,5 estrelas
Ford New Fiesta Titanium 1.6 Powershift - 2,5 estrelas
Toyota Etios XS 1.3 - 2,5 estrelas
Toyota Etios Sedan XLS 1.5 - 2,5 estrelas
Chevrolet Onix LT 1.4 Econo.flex - 2 estrelas
Chevrolet Onix LTZ 1.4 Econo.flex - 2 estrelas
Volkswagen Fox 1.0 Comfortline - 2 estrelas

 

 

 

 

Fonte: Revista Auto Esporte

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